Fretes de grãos renovam máximas no ano

A maior demanda pelo serviço de transporte provocada pelo avanço da colheita de milho no estado de Mato Grosso contribuiu para alta da maioria dos fretes de grãos monitorados semanalmente pela Argus.

Algumas rotas, inclusive, renovaram as máximas do ano, vistas em janeiro, no pico da demanda durante a colheita da soja. Até a semana passada, a colheita da safra de inverno do grão em Mato Grosso atingia 6pc de progresso, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Nos corredores com destino ao terminal ferroviário em Rondonópolis, o frete de grãos na rota Sorriso-Rondonópolis subiu R$15/t, em média, para R$175-185/t, maior patamar desde janeiro. O trajeto Primavera do Leste-Rondonópolis avançou R$10/t, em média, para R$85/t, máxima registrada neste ano.

Cenário similar foi registrado nas rotas com destino até o Arco Norte, com trajeto pela BR-163 até o ponto de transbordo para hidrovia em Miritituba, no Pará. O trecho Sinop-Miritituba subiu R$5/t, em média, para R$270-290/t, também o maior valor para 2022. Já o trajeto Sorriso-Miritituba avançou R$5/t, em média, para R$265-315/t, maior nível neste ano, igualando o valor visto em março de 2022.

Nessas circunstâncias, fretes de grãos mantém a tendência de alta, uma vez que os trabalhos nas lavouras ainda estão em fase inicial e também porque as condições de frete-retorno de fertilizantes não são as mais favoráveis neste momento, com poucas cargas liberadas nos principais portos do país. O preço elevado do diesel também provoca fretes maiores, causando preocupações sobre os custos logísticos para escoamento da segunda safra de milho.