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Cop 27: EBRD says climate plan key to finance access

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  • 09/11/22

Clear country-level strategy for dealing with climate change is key to accessing climate finance, president of the European Bank for Reconstruction and Development (EBRD) Odile Renaud-Basso told delegates at the UN Cop 27 climate conference in Sharm el-Sheikh, Egypt, on Wednesday.

The process for accessing climate finance from multilateral development banks such as the EBRD will always be slowed down by the stringent requirements requested by stakeholders, which require time-consuming studies, Renaud-Basso said.

But there are also country-level and local barriers to climate finance access, and having a clear strategy to deal with both mitigation and adaptation is "fundamental".

"The more you have clarity on what is the plan, what is the strategy, the better it will be for access and to also attract financing, private investors, because then they know the direction and what they can expect," Renaud-Basso said.

There should be a shift from "project-by-project" to a "more global and strategic approach" to climate financing, Renaud-Basso added.

A more "programmatic" approach to climate finance is "really important" to access available capital, agreed head of the OECD's environmental directorate Jo Tyndall.

The $100bn goal is a "tiny fraction" of what is needed for the global transformation, Tyndall said — "more of a pump primer than an end target in itself."

Bridging this gap will require a "major reorientation of available public finance to effectively tap the stocks of private capital that are increasingly in search of Paris [climate agreement]-aligned investments. We know there's no shortage of capital out there."

Tyndall pointed to the $700bn spent last year on fossil fuel subsidies. "That could go a long way towards the $1tn that is needed to help developing countries transition to net zero."

Germany's special envoy for international climate action, Jennifer Morgan, pointed to the significance for the climate finance process of ending fossil fuel investments. "Grants are important… but we also need to be looking at how we actually phase out financing for all fossil fuels."

Morgan called for a "really proper conversation" about Article 2.1c of the Paris climate agreement — a key article for climate finance which sets a goal to make finance flows consistent with low greenhouse gas emissions and climate-resilient development. She added that it "doesn't get the attention that it needs".

EU principal adviser for international aspects of EU climate policy Jacob Werksman said [earlier today that the EU was disappointed that discussions on the Article 2.1c](https://direct.argusmedia.com/newsandanalysis/article/2389359) were not added to the Cop 27 agenda.

"There is a larger architecture of financial institutions and private-sector where we know [financial] resources are," he said. "We want to make sure that all economic support from both the private and public sector are in line with commitments under the Paris Agreement", he added.


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18/01/24

Unica descarta ameaça judicial ao Renovabio

Unica descarta ameaça judicial ao Renovabio

Sao Paulo, 18 January (Argus) — A Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) está a caminho de solidificar ainda mais a presença dos renováveis na matriz energética brasileira, avalia o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, apesar das distribuidoras que aderiram à judicialização para não cumprir as metas do programa. Algumas das distribuidoras de combustíveis que não cumpriram a meta de compra de Cbios em 2022 levaram a tribunal reclamações sobre o programa de descarbonização, em uma pressão crescente por mudanças de regras do programa. Há pelo menos 16 distribuidoras com liminares para não cumprir metas do Renovabio , apurou a Argus em outubro. Em boa parte dos casos, o pleito alega que o impacto da pegada de carbono da cadeia de combustíveis fósseis não deveria ser integralmente assumido pelo elo distribuidor. Uma vitória desses varejistas poderia colocar o Renovabio em xeque . O presidente da Unica revelou que há estudos em curso que poderiam vincular o descumprimento das metas à hipótese de crime ambiental, já que o Renovabio é uma reposta ao Acordo de Paris. "Eu e a Unica olhamos para essas distribuidoras com perplexidade e com uma pergunta: até quando eles acham que esse tipo de comportamento antiambiental vai perdurar?", Gussi respondeu a uma pergunta da Argus em um evento nesta semana. Gussi apontou que há um interesse crescente no Renovabio no exterior, especialmente de países que buscam uma expansão da sua capacidade instalada de energias renováveis. O Renovabio é o maior programa de descarbonização da matriz de transporte do mundo, disse ele, citando o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol. Participantes da indústria na Índia , que planeja dobrar a mistura de etanol para 20pc até 2025, e do Japão, que tem metas para a produção de SAF, incluindo pela rota alcohol-to-jet, abordaram a associação recentemente sobre o Renovabio. Um dos aspectos mais valiosos do programa é como ele mapeia a eficiência de cada usina — medida por sua pontuação de intensidade de carbono — para determinar a quantidade de produção de etanol que resultará na emissão de um Cbio, na visão da Unica. Enquanto isso, Iniciativas semelhantes na UE e nos EUA utilizam benchmarks . "É por isso que o Brasil está sendo copiado hoje, servindo de inspiração", disse Gussi. A gama de iniciativas de energia limpa ou eliminação progressiva de fontes fósseis – como o Combustível do Futuro e o programa Mover – está interligada ao Renovabio, o que torna as distribuidoras inadimplentes ainda mais fora de compasso com os tempos atuais, disse ele. "Mas esse é comportamento fossilizado que não vai durar", disse Gussi. "E o Renovabio, como política, como racionalidade econômica ambiental, ele vai ficar." Por Vinicius Damazio Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2024. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Petrobras construirá projeto de CCUS no Rio


05/12/23
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Petrobras construirá projeto de CCUS no Rio

Sao Paulo, 5 December (Argus) — A Petrobras e o governo do Rio de Janeiro instalarão um projeto piloto de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS, na sigla em inglês) no Nordeste do estado. O projeto, que terá capacidade para armazenar 100.000t, utilizará CO2 do processamento de gás da unidade Cabiúnas, em Macaé, informou a estatal. O CO2 será transportado por dutos para Quissama, onde será injetado em reservatórios subterrâneos. O piloto é parte de planos mais amplos da empresa para desenvolver um centro de CCUS no estado, que também pode ser usado por outras indústrias com emissões de difícil abatimento, como a fabricação de cimento e aço. A Petrobras injetou 10,6 milhões de t de CO2 em unidades offshore de CCUS no ano passado, e planeja elevar o número de plataformas com a tecnologia de 21 para 28 em 2025. Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2023. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

CNPE define metas para o Renovabio de 2024 a 2033


01/12/23
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CNPE define metas para o Renovabio de 2024 a 2033

Sao Paulo, 1 December (Argus) — O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu, após consulta pública, as metas da Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) para os créditos de descarbonização (Cbio) nos próximos dez anos. A meta para 2024 será de 38,78 milhões de Cbios, queda de 24pc em relação à previsão original de 50,8 milhões. As metas de Cbios de 2023 foram de 37,47 milhões. As metas anuais para o Renovabio continuarão crescendo até atingir 71,29 milhão de Cbios, em 2033. No programa, cada Cbio gerado com a venda de biocombustível representa uma tonelada de CO2 evitada. O programa estabelece metas anuais de redução de emissões de gases de efeito estufa para as distribuidoras de combustíveis. As metas são alcançadas por meio da aquisição de Cbios comercializados por produtores de biocombustíveis. Por Laura Guedes Metas de Cbios para 2024-33 milhões Ano Meta ± ano anterior % 2024 38,78 3,5 2025 42,56 9,8 2026 48,09 13 2027 52,37 8,9 2028 56,41 7,7 2029 61,24 8,6 2030 64,08 4,6 2031 67,13 4,8 2032 68,81 2,5 2033 71,29 3,6 CNPE Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2023. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Uisa quer tornar seu etanol carbono negativo


21/09/23
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Uisa quer tornar seu etanol carbono negativo

Sao Paulo, 21 September (Argus) — A Uisa, empresa sucroalcooleira da região Centro-Oeste, aposta na evolução dos mercados de carbono e na importância das credenciais de sustentabilidade do agronegócio para expandir seus negócios. O projeto de captura e armazenamento de carbono da companhia pela rota da bioenergia (BECCS, na sigla em inglês) está ganhando tração: a Uisa planeja injetar o carbono da produção de etanol em Nova Olímpia (MT), na Bacia Sedimentar do Parecis. Com a inevitabilidade da precificação do carbono, a produção com emissão negativa de gases de efeito estufa (GHG, na sigla em inglês) pode tornar o biocombustível da companhia ainda mais competitivo no mercado internacional. Em entrevista à Argus, Caetano Grossi, gerente de sustentabilidade da empresa, fala sobre a iniciativa e os próximos passos para a estruturação do mercado de carbono no país. A seguir, os principais trechos da conversa. Como o carbono pode agregar valor para uma usina sucroalcooleira? Temos uma ampla gama de projetos e iniciativas voltadas para a neutralização de CO2, com intuito de melhorar a nossa nota de eficiência no contexto da Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e, consequentemente, a geração de Cbios. Hoje, essa é a terceira maior receita da companhia, atrás apenas do açúcar e do etanol. Mas, a Uisa também trabalha em iniciativas nessa área para além do Renovabio, como a geração de créditos de carbono vinculados a áreas de reserva legal, por exemplo. O próximo passo é o BECCS. O que o BECCS vai proporcionar? O processo de fermentação para a fabricação do etanol gera CO2, que é o mesmo que a cana capturou no campo através da fotossíntese. Esse carbono é devolvido para a atmosfera, então, ficamos empatados no zero a zero. São emissões consideradas biogênicas, naturais da própria cultura e que não penalizam a companhia. Com o BECCS, conseguiremos capturar esse CO2 e devolvê-lo para o solo, ou seja, teremos emissões negativas. Ao invés de descartar, vamos capturar o carbono e injetá-lo no solo. A tecnologia não é nova, é similar ao que é amplamente usado na indústria de óleo e gás, inclusive pela Petrobras. Estamos fazendo um estudo geológico e sísmico dentro de uma área de interesse próxima da nossa companhia para identificar o local adequado de perfuração do poço, que deve ter entre 2.000-2.500m de profundidade. As condições são similares ao projeto anunciado pela FS ? Eles são bem similares. Uma diferença é que o nosso poço ficará a cerca de 20km de distância da planta industrial, então teremos que construir um gasoduto para transportar o CO2 comprimido para o ponto de injeção. Já o poço da FS ficou praticamente dentro da planta. No mês passado, fiz uma visita à planta da ADM, em Illinois, nos Estados Unidos, que atingiu capacidade de injetar 1.000t de CO2 por dia. A nossa previsão é de injetar até 2.000t de CO2 por dia, porque o nosso volume de produção de etanol é bastante significativo. Quais são os mercados cativos para esse etanol com pegada negativa de CO2? A indústria do combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês)? Sim, exatamente. Com a expansão do etanol de milho no Brasil, particularmente aqui no Mato Grosso, acredito que as biorrefinarias priorizarão a produção de açúcar para o mercado interno e buscarão novas linhas de comercialização para o etanol, tanto para a indústria do SAF quanto para o mercado europeu de combustíveis, onde o apelo ambiental do carbono negativo é muito maior. Já somos certificados pelo Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia [CARB] para exportar etanol combustível sob o Padrão de Combustível de Baixa Emissão de Carbono [LCFS] do estado. No contexto do SAF, o etanol precisa ser certificado para ser usado como matéria-prima, que é o que estamos buscando hoje com a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono [ISCC Corsia Plus]. A construção de uma planta de etanol de milho foi um dos primeiros projetos anunciados após a reestruturação da Uisa, em 2019. Como se encontra esse projeto? Já temos as licenças prévia e de instalação emitidas pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema), porém, no decorrer do processo, nosso foco principal se voltou para a questão da descarbonização. A companhia optou por priorizar outros projetos – construiu uma unidade industrial de produção de biometano e biogás, iniciou a operação da fábrica de leveduras, aumentou a capacidade de cogeração e transmissão de energia, entre outros. Buscamos alternativas para agregar o máximo de valor e produtos possíveis na cadeia de produção de cana-de-açúcar e o milho ficou um pouco para trás. Nossa previsão é retomar a instalação dessa da planta de milho em 2025. Ela será integrada à planta de cana-de-açúcar, contando com a biomassa do bagaço para alimentar a operação. Quais outras tendências estão no radar da companhia hoje? A venda da biomassa de bagaço de cana-de-açúcar para as usinas de milho virou uma boa fonte de receita para a Uisa. Essas plantas nos ajudaram a eliminar esse passivo ambiental, porque nossa geração de bagaço era muito farta e, atualmente, conseguimos comercializá-lo. Por Vinicius Damazio e Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2023. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

Investidores pedem regulação para hidrogênio brasileiro


20/09/23
20/09/23

Investidores pedem regulação para hidrogênio brasileiro

Sao Paulo, 20 September (Argus) — O Brasil tem potencial para se tornar um dos principais fornecedores globais de hidrogênio, mas iniciativas para ampliar a produção necessitam de regulação do governo, afirmam investidores e pesquisadores. "Uma paridade de preço competitiva [em relação a combustíveis fósseis] depende de incentivos e esforços do governo para estimular o movimento de zerar emissões", disse o gerente de desenvolvimento de produtos da Mercedes-Benz, João Marcos Leal, em evento do setor, realizado em São Paulo. O potencial do hidrogênio no país se apoia na diversidade de fontes de energia renovável, além da experiência com o uso de biomassa como matéria-prima para combustíveis. O governo federal estima uma capacidade produtiva de aproximadamente 1,8 bilhão de t/ano da commodity, comparado às atuais 1 milhão de t/ano. O presidente da Comissão de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim, está trabalhando em um modelo regulatório para o hidrogênio. O deputado reforçou a necessidade de uma "neutralidade tecnológica" na escolha das rotas de produção e defendeu a definição por uma categoria de baixo carbono do elemento químico. Jardim disse que o governo estabelecerá medidas para a ampliação do hidrogênio como matriz energética. "Queremos iniciativas como tratamento tributário e garantias de que o governo possa conduzir leilões ou ter seu poder de compra utilizado para estimular a questão do hidrogênio." Durante o evento, o parlamentar também sugeriu um pacote para estimular a demanda doméstica, como no uso da amônia verde, fertilizantes, aço verde, além dos setores de refino e transportes. O país já possui um plano trienal para o hidrogênio, entre 2023-2025, no qual constam plantas em todas as regiões até 2025. Segundo o documento, o próximo passo é a consolidação do país como produtor competitivo da commodity de baixo carbono até 2030. Tais perspectivas, no entanto, são incompatíveis com as ações do governo para o setor, devido à falta de um marco regulatório, na visão da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovaltaica (Absolar). O presidente da entidade, Eduardo Tobias, destacou o uso da energia solar para produzir hidrogênio via eletrólise. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica) também encorajou a produção do renovável a partir fontes verdes. "O custo do hidrogênio produzido usando energia de eólicas offshore já é muito competitivo", disse o diretor técnico da associação, André Themoteo. A Abeeolica prevê o início das operações da primeira usina eólica offshore do Brasil em 2030. Portos preparam infraestrutura Os portos brasileiros vêm anunciando novas infraestruturas para a produção de hidrogênio, na esteira de discussões crescentes sobre transição energética no país. O porto do Açu, no Rio de Janeiro, planeja construir um polo de hidrogênio de baixo carbono de 4 gigawatts (GW), com capacidade para produzir 604.000 t/ano da commodity, 1,9 milhão de t/ano de amônia e 315.000 t/ano de e-metanol. O projeto atenderá, principalmente, a demanda da indústria de fertilizantes. Além disso, há planos para beneficiar as movimentações de minério de ferro no porto e atender às demandas do setor marítimo, informou Eduardo Kantz, diretor executivo de ESG e questões institucionais do Porto do Açu. O porto de Pecém, no Ceará, também terá um polo de hidrogênio. O pedido de licença ambiental já foi feito e a expectativa é de que que a produção de hidrogênio comece em 2027, de acordo com Fabio Grandchamp, vice-presidente de operações do complexo portuário. Movimento similar é observado no porto de Suape, em Pernambuco, enquanto o porto de Santos, em São Paulo, considera a construção de uma planta de hidrogênio verde utilizando energia gerada pela sua usina hidroelétrica de Itatinga (SP), com capacidade de 15MW. Por Laura Guedes Envie comentários e solicite mais informações em feedback@argusmedia.com Copyright © 2023. Argus Media group . Todos os direitos reservados.

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