A usina de Pradópolis, da empresa sucroalcooleira São Martinho, recebeu a Certificação Internacional em Sustentabilidade e Carbono (ISCC, na sigla em inglês) Corsia Plus, que comprova que seu etanol à base de cana-de-açúcar está de acordo com exigências internacionais para produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês).
A unidade no estado de São Paulo, com capacidade de moagem de 10 milhões de t/safra, também conseguiu o certificado ISCC EU, que reconhece o cumprimento dos requisitos legais para os critérios de sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa para combustíveis sustentáveis, definidos pela Diretiva de Energias Renováveis da União Europeia (RED II, na sigla em inglês).
Outra usina da companhia, a unidade Santa Cruz – com capacidade de moagem de 5,6 milhões de t/safra - também possui certificações ISCC, segundo anúncio da empresa em setembro.
As certificações permitem que a São Martinho faça parte da cadeia de fornecimento de etanol para SAF a todos os países membros da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês), o que garante a rastreabilidade do combustível renovável – ponto fundamental da corrida do setor aéreo para neutralizar emissões de gases de efeito estufa até 2050.
O ISCC é o principal sistema de certificação internacional para biomassa e bioenergia, com foco na sustentabilidade do uso da terra em conjunto com a rastreabilidade e a verificação dos gases de efeito estufa.
No último ano, o certificado também foi concedido a outras empresas brasileiras, como Raízen, BP Bunge Bioenergia, Zilor e Copersucar.
O Brasil, referência global em biocombustíveis como o etanol e o biodiesel à base de óleo de soja, é visto pelo setor de transporte aéreo e pelo Departamento de Energia dos EUA como um grande player em potencial no SAF, devido à via de conversão pela tecnologia alcohol-to-jet (AtJ, na sigla em inglês).