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Abicom: mercado espera mais previsibilidade

  • : Biofuels, Oil products
  • 25.02.19

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) deve fortalecer a atuação junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para que haja maior isonomia entre os integrantes do setor de combustíveis, inclusive no que diz respeito às regras relacionadas aos estoques anuais de etanol anidro para diferentes grupos da cadeia de abastecimento, segundo Milena Mansur, consultora de inteligência de mercado da entidade.

Em entrevista à Argus, a representante da Abicom afirmou que a atual falta de previsibilidade é a principal trava para o desenvolvimento do setor e reforçou a consciência do papel "complementar" das importadoras. Mansur ainda falou sobre as perspectivas e desafios para 2019, em um momento de transição no comando da Petrobras. Veja, abaixo, os principais trechos da entrevista.

Como os importadores enxergam as alterações na Portaria nº 67 da ANP?

A Abicom entende que são agentes regulados de diferentes formas, com direitos e deveres distintos. Um produtor pode comprar de outro produtor para comprovar as reservas na data determinada, por exemplo, mas os importadores não tem essa opção, precisam comprar produto de fora e não há garantia de que conseguirá concluir esse processo. As cotas de importação sem a incidência de tarifa funcionam da seguinte forma: para quem chegar primeiro. Ouvimos casos de pedidos feitos oito segundos após a 0h [do início dos novos ciclos] não concretizados porque o volume já havia sido ultrapassado. Não tem como ter previsibilidade e se programar para que o estoque seja refeito. Não há flexibilidade de comprar internamente, nem a certeza de que compras futuras estarão dentro dessas condições [de isenção de imposto]. Por isso falamos que neste momento não há isonomia. Cada agente regulado tem de cumprir o seu papel dentro da cadeia.

Entendemos que a função do importador é complementar a demanda […]. Isso pode ser sazonal, não é algo que ocorrerá linearmente todos os meses do ano. A intenção é que o resultado final traga mais competitividade para o consumidor. Qualquer barreira tarifária não faz sentido quando estamos discutindo um mercado livre.

A Abicom está trabalhando para que haja maior isonomia?

Trabalhamos junto à ANP, mas não há nada firmado ainda. Para nós, 2018 foi o ano do diesel, por conta do programa de subvenção. Com o fim das obrigações do programa, entraremos nesta outra frente de trabalho, da não necessidade de comprovação dos estoques de passagem pelo importador. O importador tem como garantir as condições de compra e ele não está abastecendo todos os meses. E essa questão dos pedidos é muito complicada. São segundos de tempo para saber se haverá produto disponível ou não.

E foi levada alguma sugestão sobre qual processo poderia ser mais adequado?

Qualquer processo ou regra para estabelecimento de cota é complicado para ser definido. Sempre será injusto para algum lado. A Abicom entende que não deveria existir essa cota. O discurso de mercado livre é justamente a competição entre agentes.

O movimento por parte dos Estados Unidos para derrubar a cota de importação de etanol é saudável para o setor?

Os EUA têm um excedente de etanol de milho, principalmente depois que a China limitou [as importações via barreiras tarifárias]. O país está com preços mais competitivos para exportar e o Brasil é um bom local para receber. Seria interessante [o fim da tarifa de importação] porque vai trazer para o consumidor brasileiro um preço mais competitivo.

Você mencionou que 2018 foi o ano do diesel. 2019 será o ano de qual combustível?

Com o reposicionamento da Petrobras no refino, acreditamos que a companhia estará alinhada com o mercado internacional e talvez não vá participar tanto das importações. A expectativa é de uma retomada [nas importações] de diesel e gasolina, embora a gasolina seja mais complicada porque depende muito de como estará o etanol e o consumo do Ciclo Otto.

A ANP tem perspectivas mais positivas para o setor neste ano, depois de o consumo de combustíveis ter apresentado estabilidade em 2018…

Nossa expectativa está muito alinhada como o reposicionamento da Petrobras, que é o agente dominante no nosso mercado. Chegamos a ter de 25pc a 30pc [das importações] no último ano, depois do programa de subvenção. Agora esperamos um mercado livre, onde todos os agentes possam atuar. Entendemos que tem espaço para cada um cumprir o seu papel, até porque existe um déficit estrutural. Não temos capacidade de refino para atender diesel e gasolina. A importação serve para complementar esse volume até que se tenha esse investimento em refino.

Ao longo do programa de subvenção, muitos participantes diziam que, apesar da burocracia, ao menos havia a certeza de que o preço seguiria a paridade internacional. Com o fim do programa, acha que os preços serão respeitados?

Desde novembro, a ANP publica a média da paridade de importação para cinco portos e cinco tipos de combustíveis. Essa ferramenta foi um avanço por parte da agência e ajuda a identificar comportamentos abusivos. Se houver algum caso de preço predatório em um determinado porto – tanto para baixo quanto para cima – a ANP poderá levar a questão adiante.

Existe um limite para que um preço seja considerado predatório?

É algo bem específico, não existe um limite ou uma faixa de preços. Pode ser uma questão de estoque, uma situação em determinado porto, estamos falando de oferta e demanda. O posicionamento da Abicom é de livre mercado e em pontos específicos o preço estava muito abaixo da paridade de importação, o que inviabilizou a importação naqueles locais.

Como a Abicom espera que a Petrobras se comporte?

O discurso do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, está muito em linha com o livre mercado de competição. Temos esperança de que o cenário mude. Até agora existe um descolamento [entre os preços praticados pela companhia e a paridade de importação], mas achamos que é por conta do tempo para se adequar à nova gestão. Existem vários outros assuntos que precisam ser resolvidos, mas esperamos que aconteça o mais rápido possível porque as empresas estão bastante desanimadas. O período entre maio a dezembro de 2018 foi muito difícil para as nossas associadas e havia uma expectativa de que uma chave fosse virada em 1º de janeiro, o que não aconteceu. Agora estamos vendo como tudo irá se encaixar.

Quais os principais obstáculos para as importadoras atualmente?

Previsibilidade é a palavra-chave. É preciso considerar uma política de preços que de fato seguirá o mercado internacional. Como atualmente os preços não acompanham, não é possível ter a confiança de que essa é a nova regra do jogo. Precisamos de previsibilidade de preços para que o mercado volte a confiar e dê continuidade aos investimentos que foram iniciados no fim de 2016, início de 2017.

E qual é a atual regra do jogo?

Tentamos olhar para a curva de preço e identificar um padrão, o que não foi possível. Chegamos à conclusão de que não há uma regra. Nossa expectativa é de que seja estabelecida uma regra, para que haja mais previsibilidade.

A política de preços da Petrobras é a principal queixa dos associados?

É, porque a empresa teve um reposicionamento em 2017. A empresa fechou 2017 com 4,3pc de participação nas importações e em 2018 já havia chegado a 27,28pc. Quando olhamos o [dado] mensal, em dezembro 60pc das importações foram da Petrobras. O mercado que sobra para os agentes independentes é muito pequeno. De novo, achamos que cada agente deve ter seu papel na cadeia, que o produtor produza o máximo de rentabilidade de seus ativos para que a produção seja a mais viável possível e o volume complementar possa ser oferecido pelos importadores.


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10.04.25

CDU, CSU und SPD veröffentlichen Koalitionsvertrag

CDU, CSU und SPD veröffentlichen Koalitionsvertrag

Hamburg, 10 April (Argus) — Die kommenden Regierungsparteien CDU, CSU und SPD haben am 09. April ihren Koalitionsvertrag veröffentlicht. Darin setzen sie sich unter anderem eine zeitnahe Umsetzung der RED III, die Erhöhung der Treibhausgasminderungsquote und die Ersetzung des GEG durch ein neues Gesetz als Ziel. Die Parteien betonen in dem Vertrag ihre Bekenntnis zu den deutschen und europäischen Klimazielen — so unter anderem dem Pariser Klimaabkommen und der Erreichung der Klimaneutralität Deutschlands bis 2045. Die neue Bundesregierung hat sich deswegen in ihrem Koalitionsvertrag zum Ziel gesetzt, die überarbeitete Erneuerbare-Energien-Richtlinie III (RED III) zeitnah umzusetzen. Diese soll laut EU-Recht bis Mai von allen EU-Staaten implementiert sein. Das Bundesumweltministerium (BMUV) hatte ursprünglich geplant, im Dezember 2024 einen Entwurf zur Umsetzung der RED III vorzulegen, sodass die Richtlinie noch vor den Neuwahlen umgesetzt werden kann. Dies war jedoch nicht möglich. Des Weiteren erklären Union und SPD in ihrem Vertrag, dass sie den "Betrug beim Import von regenerativen Kraftstoffen und bei sogenannten Upstream-Emissionsminderungszertifikaten (UER-Zertifikaten) verstärkt bekämpfen und die Betrugsprävention ausbauen" werden. Zuletzt hatten sich das European Biodiesel Board (EBB) sowie auch das BMUV dafür eingesetzt, dass die EU noch stärker gegen möglichen Betrug bei Biokraftstoff-Importen vorgeht , da verschiedene Betrugsfälle in den letzten Jahren zum Verfall des Werts von Treibhausgaszertifikaten geführt hatten. Die Bundesregierung hält außerdem an der CO2-Bepreisung fest und unterstützt die Einführung des Emissionshandelssystem (ETS 2), "um europaweit gleiche Bedingungen zu schaffen". Das ETS 2 soll ab 2027 europaweit in Kraft treten. Der Übergang des deutschen Brennstoffemissionshandelsgesetz in das ETS 2 soll fließend erfolgen und CO2-Preissprünge für Verbraucher und Unternehmen sollen vermieden werden. Auch eine Erhöhung der Treibhausgasminderungsquote (THG-Quote) ist Teil des Koalitionsvertrages. Nähere Details — wie beispielsweise die Höhe und der Zeitpunkt der Umsetzung — werden allerdings nicht genannt. Zuletzt drängten mehrere Verbände zum Auftakt der Koalitionsverhandlungen auf eine Erhöhung der THG-Quote bis 2030 auf mindestens 40 %. Bisher ist noch eine Steigerung der THG-Quote auf 25,1 % bis 2030 angesetzt. Auch der Einsatz alternativer Kraftstoffe, inklusive Biokraftstoffe, soll vorangebracht werden. Der UNITI Bundesverband EnergieMittelstand e.V. befürwortet den Koalitionsvertrag und begrüßt sowohl die geplante schnelle Umsetzung der RED III, sowie auch die Erhöhung der THG-Quote und die Förderung von alternativen Kraftstoffen. Geschäftsführer Elmar Kühn erklärt, dass eine ambitionierte Umsetzung der RED für starke Investitionsanreize für erneuerbare Kraftstoffe sorgen könne, jedoch nur wenn eine Quotenregelung geschaffen wird, die den gesamten Verkehr adressiert und nicht wie bisher nur einzelne Bereiche. Insgesamt sieht der Verband gute Ansätze, jedoch kritisiert er, dass die konkrete Umsetzung der Punkte noch zu offen gehalten ist. Wie schon während dem Wahlkampf von der CDU angekündigt soll außerdem das Gebäudeenergiegesetz (GEG) abgeschafft werden. An dessen Stelle wollen die zwei Regierungsparteien ein neues GEG setzen, dass "technologieoffener, flexibler und einfacher" gestaltet ist und die erreichbare CO2-Vermeidung als zentrale Steuerungsgröße hat. Wie genau das neue GEG den Biomethanmarkt — der bisher eine große Nachfrage in den nächsten Jahres durch das GEG erwartet hat — beeinflussen wird, ist unklar. Jedoch erklären die Regierungsparteien, dass sie Biogasanlagen eine Zukunft geben wollen, das Flexibilitätspotenzial von Biomasse heben wollen und den Ausbau von Bioenergie planen. Auch die schon angekündigte Grüngasquote soll realisiert werden. Diese soll Inverkehrbringer von Erdgas dazu anregen, einen Anteil der Emissionen, die aus dem von ihnen verkauften Gas entstehen, durch das Ersetzen eines Teils ihres Gases durch Biomethan oder Wasserstoff einzusparen. Mehrere deutsche Industrieverbände befürchteten zuletzt, dass die Grüngasquote die Energiekosten in der Industrie erhöhen könnte , Verbände der Energiewirtschaft befürworten die Quote hingegen weitgehend. Von Svea Winter Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

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Rohölverarbeitung in Wesseling endet Mitte März


26.02.25
26.02.25

Rohölverarbeitung in Wesseling endet Mitte März

Hamburg, 26 February (Argus) — Betreiber Shell wird den Werksteil Wesseling der Rheinlandraffinerie Mitte März außer Betrieb nehmen. Das Abschalten der Anlagen, die für die Rohölverarbeitung genutzt werden, ist für einige Tage nach dem 14. März geplant. Mit der Abschaltung des Werksteil (147.000 bl/Tag) nimmt Shell rund 7 % der deutschen Rohölkapazitäten permanent vom Netz. Shell wird die existierende Infrastruktur jedoch nutzen, um den Standort zukünftig als Tanklager weiterzubetreiben. Dafür wird Shell künftig Produkt per Barge aus Amsterdam-Rotterdam-Antwerpen beziehen. Einige Händler hatten sich im Vorlauf auf die Abschaltung bereits vorbereitet und ihre Termmengen auf andere Standorte in der Region umverteilt. Shell hatte das Ende der Rohölverarbeitung in Wesseling 2021 angekündigt. Der Werksteil soll dann umgebaut werden, um beispielsweise mehr grünen Wasserstoff zu produzieren . Damit soll der CO2-Fußabdruck des Unternehmens reduziert werden. Darüber hinaus wird Shell an dem Standort ab 2028 Grundöle produzieren. Das Unternehmen begann Mitte Februar mit dem Bau der entsprechenden Anlagen. Neben der Abschaltung von Wesseling zielt Shell darüber hinaus darauf ab, ihre Raffinerieanteile an der PCK in Schwedt (226.000 bl/Tag) sowie der Miro in Karlsruhe (310.000 bl/Tag) zu verkaufen. Der Verkauf der PCK-Anteile gestaltet sich dabei besonders schwierig — nachdem Shell in 2021 zunächst der Verkauf an Alcmene untersagt wurde, scheiterte im vergangenen Jahr auch die Übernahme durch Prax. Von Natalie Müller Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

BTW 2025: Industrie und Energiepolitik im Fokus


17.02.25
17.02.25

BTW 2025: Industrie und Energiepolitik im Fokus

Hamburg, 17 February (Argus) — Im Vorfeld der verfrühten Bundestagswahl am 23. Februar sind sich die vier führenden Parteien uneins, wie die strauchelnde Wirtschaft des Landes belebt und die Klimapolitik angesichts der anhaltend hohen Energiekosten gestaltet werden kann. Unabhängig davon, welche Partei sich am Ende durchsetzt: Die kommende Legislaturperiode wird sich erheblich auf die regionalen Energiemärkte und die Rolle Deutschlands als Schlüsselakteur in der europäischen Wirtschaft auswirken. Union, SPD und die Grünen haben neben allen inhaltlichen Unterschieden auch viele Gemeinsamkeiten - lediglich die Haltung der AfD zu Energie und Klimawandel stimmt weitgehend nicht mit denen der anderen Parteien überein. Denn sie alle erkennen das Pariser Klimaabkommen und den EU Green Deal an und verpflichten sich zur Einhaltung von Emissionsreduktionsmandaten; und sie planen, den Anwendungsbereich des EU-Emissionshandelssystems (EU-ETS) auszuweiten. In den Wahlprogrammen der drei Parteien wird darauf hingewiesen, dass die Energiepreise — die weithin als Schlüsselfaktor für den Rückgang der deutschen Industrieproduktion angesehen werden — gesenkt werden müssen, während der Übergang zu saubereren Mobilitätsformen und der Klimaschutz Priorität haben. Doch die Parteien streiten sich darüber, wie diese Ziele am besten erreicht werden können. Viele energieintensive Industrien in Deutschland haben mit hohen Gaspreisen zu kämpfen, seit Russland 2022 die Ukraine angriff. Die drei Parteien sind sich einig, dass sie die Energiepreise senken werden, indem sie Steuern und Subventionen anpassen und die Stromerzeugung in Deutschland ausweiten. Darüber hinaus sollen Netzgebühren und Stromsteuern soweit gesenkt werden wie in der EU möglich. SPD und die Grünen wollen die Europäische Kommission des Weiteren auffordern, energieintensive Industrien für hohe Strompreise zu kompensieren. Sowohl CDU/CSU, als auch SPD und Grüne sehen den weiteren Ausbau erneuerbarer Energien als den besten Weg, um die Energiepreise langfristig zu senken. Aber im Gegensatz zu SPD und den Grünen ist die Union nicht bereit, Kohlekraftwerke ersatzlos zu schließen und sie wollen prüfen, ob es technisch und ökonomisch machbar ist, stillgelegte Kernkraftwerke zu reaktivieren. Die AfD setzt währenddessen voll auf Kohle- und Kernenergieerzeugung und möchte den Ausbau von Solar- und Windenergie stoppen. Vollgas für Wasserstoff Die CDU/CSU, SPD und die Grünen unterstützen den Ersatz von fossilem Gas durch Wasserstoff bei Stromerzeugung und in der Produktion in naher Zukunft. Wie schnell das passieren kann, ist noch unklar. Interessenverbände der Industrie nennen die hohen Kosten von Wasserstoff und den sich ständig ändernden rechtlichen Rahmen als Hindernisse für den Hochlauf. Sie fordern daher die Vereinfachung der nationalen und EU-Wasserstoffgesetzgebung, die Fortsetzung der Subventionen für die inländische Produktion und mehr Verbraucheranreize, um Erdgas zu ersetzen. Aber die Union möchte auch das von der ausscheidenden Regierung eingeführte Gebäudeenergiegesetz aufheben, welches vorschreibt, dass ab Januar 2024 in neuen Gebäuden Heizsysteme installiert werden, die mindestens 65 % erneuerbare Energien verwenden. Stattdessen schlägt sie vor, emissionsarme Heizlösungen zu subventionieren — unabhängig von der Technologie, auf der sie basieren. Wenn dies umgesetzt wird, könnte das den Rückgang der Gasnachfrage für Wohngebäude abschwächen. Gleichzeitig könnten Gasheizungen nach der Einbeziehung des Gebäude- und Verkehrssektors in den EU-Emissionshandel ab 2027 weniger attraktiv werden, wenn die Gaskosten entsprechend steigen. Die CDU/CSU hat deutlich gemacht, dass sie die Klimaabkommen von Paris und der EU weiterhin einhalten will, sagt aber erstmals in ihrem Wahlprogramm, dass dies an die "Wettbewerbsfähigkeit der deutschen Wirtschaft" und "soziale Belastungsgrenzen" geknüpft sei. Die AfD will nicht nur die Bepreisung von CO2-Emissionen komplett beenden, sondern auch die EU-Emissionsreduktionsmandate insgesamt aufkündigen. Entscheidend ist, dass keiner der potenziellen Koalitionspartner beabsichtigt, den aktuellen Russland-Kurs umzukehren — im Gegensatz zur AfD, die die Aufhebung aller Russland-Sanktionen fordert, einschließlich der Sanktionen auf Gas- und Ölimporte in die EU. Die AfD beabsichtigt auch, die unbeschädigte Rohrleitung B der Nord Stream 2-Pipeline wieder zu öffnen, um russische Gasflüsse nach Europa wieder aufzunehmen, und die im September 2022 beschädigten Rohrleitungen Nord Stream 1 und 2 zu reparieren und wieder zu öffnen. Vorsprung durch Technik? Bei der Frage nach der Zukunft der Mobilität in Deutschland herrschen größere Meinungsverschiedenheiten zwischen den Parteien. Während SPD und Grüne glauben, dass E-Mobilität am relevantesten sein wird und das Verbrennerverbot ab 2035 aufrechterhalten wollen, setzen sich Union und AfD für Technologieoffenheit ein und wollen diese Vereinbarungen zurücknehmen. Die SPD möchte, dass Deutschland weiterhin führend im Automobilbau bleibt, aber in Zukunft mit Fokus auf Elektrofahrzeuge. Um die Verbraucher zum Kauf von Elektrofahrzeugen "made in Germany" zu ermutigen, schlägt sie Steuersenkungen für inländisch hergestellte E-Autos vor. Dies könnte eine Lehre aus den unbeabsichtigten Folgen der allgemeinen Subvention für Elektrofahrzeuge sein, die Ende 2023 auslief — denn von dieser haben ausländische Hersteller genauso profitiert wie inländische. Die Grünen unterstützen ähnliche Steuersenkungen, vorausgesetzt, das Auto wird überwiegend in Europa hergestellt. SPD und Grüne sind auch der Ansicht, dass eFuels vor allem in der Luftfahrt oder im Schifffahrtssektor und nicht auf der Straße eingesetzt werden sollten. Sie zielen darauf ab, einen klimaneutralen europäischen Luftverkehrssektor durch Regeln zur Verhinderung von "CO2-Leckagen" (carbon leakage) zu etablieren, wobei die Grünen sogar darauf abzielen, dass Inlandsflüge generell zukünftig nicht mehr notwendig sind. Die Konservativen und die AfD verfolgen einen anderen Ansatz — sie glauben, dass der Markt entscheiden sollte, welche Mobilitätsform vorherrschen wird. Ausgehend von dieser Überzeugung ist es ihr Hauptziel, das Verbrennerverbot auf EU-Ebene zu kippen. Stattdessen streben CDU/CSU und die AfD an, Autos mit Verbrennermotor — die zukünftig wahrscheinlich mit eFuels betrieben werden — zu einer finanziell wettbewerbsfähigen Alternative zu Elektrofahrzeugen zu machen. Sie glauben nicht, dass es in der Verantwortung der Regierung liegt, diese Märkte in irgendeiner Weise zu beeinflussen. Für die AfD schließt dies einen Förderstopp für Ladeinfrastruktur aus öffentlichen Mitteln ein. Konservative und AfD sind sich außerdem einig, dass die EU-Flottenemissionsgrenzwerte oder zumindest die damit verbundenen Sanktionen abgeschafft werden sollten, um zusätzlichen Druck auf die deutsche Automobilindustrie zu vermeiden. Der Vorsprung der CDU bei den Umfragen — und der Erfolg der AfD — spiegelt die Prioritäten der deutschen Wähler wider, die sich nach aktuellen Umfragen bei dieser Wahl am stärksten auf die Einwanderung und den Zustand der Wirtschaft konzentrieren. Die Themen Energie- und Klimapolitik haben hingegen deutlich an Wichtigkeit eingebüßt. Und die Befragten sehen mit großem Abstand die größten wirtschaftspolitischen Kompetenzen in den Reihen der CDU/CSU. Entsprechend wird vor allem der Ansatz der Union, wie sich Deutschlands Umstieg von fossilen Brennstoffen auf erneuerbare Energien mit der Wiederbelebung der wirtschaftlichen Wettbewerbsfähigkeit verknüpfen lässt, das Tempo der Energiewende in Europas größter Volkswirtschaft in den kommenden Jahren bestimmen. Von Johannes Guhlke Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

Bayernoil-Werksteil nach Brand heruntergefahren: Update


17.01.25
17.01.25

Bayernoil-Werksteil nach Brand heruntergefahren: Update

Der Betreiber hat die Verladung in Neustadt wieder aufgenommen Hamburg, 17 January (Argus) — In der Nacht zum 17. Januar kam es im Werksteil Neustadt der Bayernoil Raffinerie zu einem Brand in einer Prozessanlage, so der Betreiber in einer Pressemitteilung. Der Betreiber hat den Werksteil komplett heruntergefahren. Der Brand soll den Mild-Hydrocracker (MHC) oder ein Gebäude daneben betreffen, so aus Raffineriekreisen. Die Feuerwehr lasse die Anlage derzeit kontrolliert abbrennen. Der MHC wird für die Mitteldestillatproduktion genutzt und dürfte daher vor allem das Heizöl- und Dieselangebot einschränken. Tankwagen, die in Neustadt laden wollen, werden nach Vohburg umgeleitet. Mittlerweile hat der Betreiber am Vormittag die Tankwagenverladung in Neustadt wieder aufgenommen. Alle Anteilseigner bieten in beiden Werksteilen zunächst kein Heizöl, Diesel und Benzin mehr auf Spot an. Ein Anteilseigner hat zudem das Spotangebot auch in anderen bayrischen Standorten wie München, Regensburg, Fürth, Nürnberg und Marktredwitz eingestellt. Die Ursache für die Explosion und die Dauer der Einschränkungen ist bislang unklar. Bei dem Vorfall wurden zwei Personen verletzt. Der Betreiber plante zuvor, den Werksteil Vohburg Anfang März für etwa sechs Wochen für Wartungsarbeiten komplett und Neustadt teilweise außer Betrieb zu nehmen. Ob die Wartung trotz der derzeitigen Einschränkungen stattfinden werden, ist ebenfalls unklar. Von Gabriele Zindel Senden Sie Kommentare und fordern Sie weitere Informationen an feedback@argusmedia.com Copyright © 2025. Argus Media group . Alle Rechte vorbehalten.

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